Por Clarissa Corrêa
SALADA MISTA - Um blog pra chamar de meu
Pra escrever quando der vontade e guardar o que me der saudade
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Para Eles
Por Clarissa Corrêa
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MINUTOS
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SLOW MOTION
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I Want to be Alone
5 de junho de 2008
Toda carrie tem o Mr. Big que merece ( só pra quem assiste a série)
Mas não quero falar sobre minha síndrome de Carrie nem de nenhuma das minhas heroínas preferidas cosmopolitans da série e sim sobre o tão insistente Mr. Big.
Pra quem não conhece a trama o Mr. Big interpretado pelo ator Chris Noth, é o grande calo no sapato da personagem principal, a Carrie Bradshaw ( Sarah J. Parker), em pelo menos 10 anos, já se perdeu a conta de quantas idas e vindas o casal teve, idas e vindas que incluem encontros “só como amigos” até os do tipo “comendo amigos”.
É nesse ponto (comendo amigos) que quero chegar. Parece que todo mundo na vida já teve o seu Mr. Big, lembrando que o Mr. Big não é o grande amor da vida de ninguém, ele pode ser o Mr. Inesquecível seja por qualquer motivo: amor, bom de cama, bom de lábia, bom de olhar, ou ate mesmo se ele for o Mr. Problema. Afinal, quem disse que mulher gosta de casos simples de se resolver?
No meu caso, o meu “Mr. Big” seria traduzido simplesmente como “Mr. unforgettable”. Ele não foi o meu grande amor, mas é um sujeito bom de lábia que reaparece sempre que minha vida parece estar no eixo. É um tal de ficar de perna bamba só de receber uma mensagem de SMS que diz simplesmente “estou por perto!” que me faz esquecer todos os compromissos e responsabilidades.
Para esse tipo de doença não há antídoto a não ser o choque, e no meu caso esse choque veio em forma de balde de água fria: enquanto há dias esse ser me faz achar que tudo se tratava de um revival, ele estava com a “Natasha” dele e bem feliz, mas sem a mísera intenção de me deixar em paz.
2 de abril de 2006
Além do que se vê
Senta aí, vai! Deixa eu tirar os sapatos, desmanchar o penteado, retirar a maquiagem... quero te mostrar que assim de perto não sou tão bonita quanto pareço, por isso uso todos esses artifícios.
É que no fundo tenho um medo terrível de que você me ache feia, de que você encontre em mim uma série de imperfeições.Sabe, não quero mais usar essa máscara de mulher inatingível, de mulher forte com punhos de aço... No íntimo me sinto uma pequena ave indefesa, leve demais para enfrentar o vento, e, deseja ficar no aconchego do ninho e ser mimada até adormecer.
Olha pra mim, às vezes minha intimidade não tem brilho algum e você terá que me amar muito para suportar essa minha impotência.Deixa eu tirar o casaco, tirar o cansaço... essa jornada dupla me deixa tão carente... A convicção de independência afetiva? É tudo balela! Eu queria mesmo era dividir a cama, a mesa, o banho... Queria dividir os sentimentos, os sonhos, as ilusões... um pedaço de torta, uma xícara de café, algum segredo...
Ah, eu tenho andado por aí, tenho sido tantas mulheres que não sou! Quantas vezes me inventei e até me convenci da minha identidade. Administrei minha liberdade. Tomei aviões, tomei whisky... troquei a lâmpada, abri sozinha o zíper do vestido... decidi o meu destino com tanta segurança! Mas não previ que na linha da minha vida estivesse demarcada uma paixão inesperada.Agora, cá estou eu, vinte e poucos anos e toda atrapalhada, tentando um cruzar de pernas diferente, um olhar mais grave, um molhar de lábios sensual... mas não sei direito o que fazer para agradar.Confesso que isso me cansa um pouco.
Queria mesmo era falar de todos os meus medos, "dos seus medos?" você diria, como se eu nunca tivesse temido nada. Queria te falar das minhas marcas de infância, dos animais que tive, do meu primeiro dia de aula... queria falar dessas coisas mais elementares, e te levar na casa da minha mãe, te mostrar meu álbum de retrato (eu, me equilibrando nos primeiros passos), ah, queria te mostrar minha primeira bicicleta, com truques. Ela ainda existe! Queria te mostrar as árvores que eu plantei (como elas cresceram!) e todas essas coisas que são tão importantes pra mim e tão insignificantes aos outros.
Ah, você queria falar alguma coisa? Está bem! Antes, só mais uma coisinha: estou morrendo de medo que você saia desta cena antes de mim, que você saia à francesa desta história, e eu tenha que recolocar minha máscara e me reinventar, outra vez.